OS PERSONAGENS DO BULLYING E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Existem
três personagens nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e o expectador.
De acordo com Silva (2010), as vítimas do bullying, em geral, fogem do
padrão imposto por um determinado grupo de alunos, sendo pelo seu caráter
físico, (altura, peso, imperfeições físicas), raciais, culturais, regionais,
geralmente são inseguras, e possuem dificuldades de se expressar em grupo e na
coletividade. A ausência dos atributos trabalhados por Silva pode ser
fundamentado na agressividade e na falta de limites.
Os
atingidos não conseguem reagir aos ataques e as agressões, tornando-se alvos
mais fáceis de coagir.
Como consequência, ficam
vulneráveis a doenças decorrentes das provocações, ameaças e perseguições,
podendo desenvolver transtornos do pânico, ataques de ansiedade, angústia,
depressão, anorexia, bulimia, fobia escolar e outros problemas de socialização,
podendo levar o indivíduo ao suicídio, homicídio ou, como forma de compensação
dos maus tratos sofridos, reproduzirem a violência contra outras crianças ou
adolescentes quando não tratados em tempo hábil.
O
provocado ainda corre risco de, caso as perseguições não sejam identificadas e
tratadas a tempo, tornar-se um adulto reprodutor dos atos de bullying em
seus relacionamentos pessoais na sociedade ou escola, no mercado de trabalho ou
ambiente familiar.
Silva
(2010) aponta que os praticantes podem agir só ou em grupo, provocando a
violência com o intuito de obter imagem pessoal única, passando-se por “fortão”
ou “valentão”, tendo a sensação de estar popular, demonstrando em sua
personalidade traços de desrespeito e maldade. Para a autora, o agressor pode
ter origem social em lares desestruturados e pode ser uma pessoa que não recebeu
a atenção devida quando necessitava, não conseguindo transformar sua raiva em
diálogo.
Nestes acontecimentos os personagens expectadores são partícipes da
situação ao não intervir para evitar as agressões. Podem não participar
diretamente do conflito, mas são fundamentais para a continuidade do ato, pois
testemunham as agressões e não defendem o agredido, nem se juntam aos
agressores.
Eles são
partícipes da situação ao não intervir para evitar as agressões. Podem não
participar diretamente do conflito, mas são fundamentais para a continuidade do
ato, pois testemunham as agressões e não defendem o agredido, nem se juntam aos
agressores.
A
conivência dos expectadores tem duas possibilidades. Uma é medo de se tornarem a
próxima vítima do agressor, omitindo-se diante das agressões. A outra é de
atuarem como platéia, reforçando a agressão, rindo ou usando palavras de
incentivo
ao agressor, prejudicando psicologicamente o agressor e o
agredido.
Vale lembrar que qualquer tipo de violência e, sobretudo o bullying
mediante suas características e peculiaridades, resultam em consequências e
danos gravíssimos para a vida social, emocional, afetiva e profissional de quem
pratica ou sofre e, tanto
para a vítima, agressor e expectadores, as consequências são graves e negativas,
podendo ser trágica. Um texto produzido por Sidneya (2009), do Colégio Impacto,
demonstra o que estamos pontuando.
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