terça-feira, 29 de julho de 2014

OS PERSONAGENS DO BULLYING E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Existem três personagens nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e o expectador.
De acordo com Silva (2010), as vítimas do bullying, em geral, fogem do padrão imposto por um determinado grupo de alunos, sendo pelo seu caráter físico, (altura, peso, imperfeições físicas), raciais, culturais, regionais, geralmente são inseguras, e possuem dificuldades de se expressar em grupo e na coletividade. A ausência dos atributos trabalhados por Silva pode ser fundamentado na agressividade e na falta de limites.

           Os atingidos não conseguem reagir aos ataques e as agressões, tornando-se alvos mais fáceis de coagir.
Como consequência, ficam vulneráveis a doenças decorrentes das provocações, ameaças e perseguições, podendo desenvolver transtornos do pânico, ataques de ansiedade, angústia, depressão, anorexia, bulimia, fobia escolar e outros problemas de socialização, podendo levar o indivíduo ao suicídio, homicídio ou, como forma de compensação dos maus tratos sofridos, reproduzirem a violência contra outras crianças ou adolescentes quando não tratados em tempo hábil.
O provocado ainda corre risco de, caso as perseguições não sejam identificadas e tratadas a tempo, tornar-se um adulto reprodutor dos atos de bullying em seus relacionamentos pessoais na sociedade ou escola, no mercado de trabalho ou ambiente familiar.
Silva (2010) aponta que os praticantes podem agir só ou em grupo, provocando a violência com o intuito de obter imagem pessoal única, passando-se por “fortão” ou “valentão”, tendo a sensação de estar popular, demonstrando em sua personalidade traços de desrespeito e maldade. Para a autora, o agressor pode ter origem social em lares desestruturados e pode ser uma pessoa que não recebeu a atenção devida quando necessitava, não conseguindo transformar sua raiva em diálogo.
 
 Nestes acontecimentos os personagens expectadores são partícipes da situação ao não intervir para evitar as agressões. Podem não participar diretamente do conflito, mas são fundamentais para a continuidade do ato, pois testemunham as agressões e não defendem o agredido, nem se juntam aos agressores.
Eles são partícipes da situação ao não intervir para evitar as agressões. Podem não participar diretamente do conflito, mas são fundamentais para a continuidade do ato, pois testemunham as agressões e não defendem o agredido, nem se juntam aos agressores.
A conivência dos expectadores tem duas possibilidades. Uma é medo de se tornarem a próxima vítima do agressor, omitindo-se diante das agressões. A outra é de atuarem como platéia, reforçando a agressão, rindo ou usando palavras de incentivo ao agressor, prejudicando psicologicamente o agressor e o agredido.
 
 Destaca Silva (2010) que com a ocorrência desse tipo de violência na escola, o desenvolvimento sócio-educacional é prejudicado e as crianças podem se tornar inseguras e tendo medo de serem as próximas vítimas, podendo influenciar nas suas relações futuras, tornando-se adultos inseguros, visto que nem a escola tem sido local seguro, saudável e solidário devido às diferentes formas de violência.
 
Vale lembrar que qualquer tipo de violência e, sobretudo o bullying mediante suas características e peculiaridades, resultam em consequências e danos gravíssimos para a vida social, emocional, afetiva e profissional de quem pratica ou sofre e, tanto para a vítima, agressor e expectadores, as consequências são graves e negativas, podendo ser trágica. Um texto produzido por Sidneya (2009), do Colégio Impacto, demonstra o que estamos pontuando.

Sem comentários:

Enviar um comentário